14 de março de 2013

Deficiência de boro em tomate


Deficiência de boro em fruto do tomateiro
Nas culturas de forma geral, entre os micronutrientes, a deficiência de B é a que ocorre em maior freqüência. Os principais fatores que interferem na disponibilidade do B presente no solo para as plantas, segundo GOLDBERG (1997) seriam: a) o pH da solução do solo (com o aumento do valor do pH da solução do solo, menor é a disponibilidade do B para as plantas); b) a textura do solo (quanto mais arenoso o solo, menor é a disponibilidade do nutriente); c) a umidade do solo (a disponibilidade de B geralmente diminui com a redução da umidade do solo); d) a temperatura (ocorre aumento na adsorção de B com o aumento da temperatura, entretanto, isso pode ser devido à interação entre o efeito da temperatura com a umidade do solo); e) a matéria orgânica (quanto maior a quantidade de matéria orgânica, maior é a disponibilidade de B para as plantas). 



O B está relacionado a uma série de processos fisiológicos das plantas tais como: transporte de açúcar; síntese da parede celular; lignificação; estrutura da parede celular; respiração; metabolismos de carboidratos; metabolismos de RNA; metabolismos de ácido indolacético; metabolismos de compostos fenólicos; metabolismo de ascorbato; fixação de nitrogênio; e diminuição da toxidez de alumínio, entretanto, pode ser que alguns dos efeitos nos processos fisiológicos em que a ausência de B esteja relacionada não ocorram de forma direta e sim sejam efeitos secundários ou “efeitos cascatas”.

A adubação com boro aumenta o crescimento e a produção das plantas e sua deficiência resulta numa rápida inibição do crescimento sendo necessário adicionar fertilizantes na agricultura. Por exemplo, suprimento de boro em tomate tem efeito regulador no metabolismo e translocação de carboidratos, evita clorose, necrose de pontas e ramificações, alongamento de raízes e afilamento das folhas. PLESE et al. (1998) verificaram que a aplicação de B até 1 g por cova aumentou a produção de tomate e redução da podridão apical. DELL & HUANG (1997) relatam que baixo teor de B nas folhas inibe a expansão de folha.
A tolerância das plantas ao excesso de boro difere entre espécies e, até certo ponto, entre cultivares dentro de uma mesma espécie. As plantas requerem um suprimento de boro contínuo para um bom crescimento. Em geral, todas as dicotiledôneas requerem altas quantidades de boro em relação às monocotiledôneas, e usualmente as concentrações de boro nas plantas está na faixa de 10 até 100 mg kg-1 (DECHEN et al., 1991).

Referência: http://www.fcav.unesp.br/download/pgtrabs/pv/d/3336.pdf



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