24 de fevereiro de 2013

Curiosidades sobre Agrotóxicos

Os agrotóxicos são sustâncias químicas criadas para combater pragas das lavouras, insetos ou animais transmissores de doenças. Com isso, produzir cada vez mais alimentos para abastecer uma população que não para de crescer. 

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Gasta, anualmente, cerca de 2,5 bilhões de dólares nessas compras. Infelizmente, pouco se faz para controlar os impactos sobre a saúde dos que produzem e dos que consomem os alimentos impregnados por essas substâncias. O DDT (inseticida organoclorado) foi banido em vários países, a partir da década de 70, quando estudos revelaram que os resíduos clorados persistiam ao longo de toda a cadeia alimentar. Estudos demonstraram também a contaminação do leite materno. No Brasil, somente em 1992, após intensas pressões sociais, foram banidas todas as fórmulas à base de cloro (como BHC, Aldrin, Lindano etc). Várias outras substâncias, como o Amitraz, foram proibidas.

A Lei de Agrotóxicos, n° 7802, aprovada em 1989, proíbe o registro de produtos que possam provocar câncer, defeitos na criança em gestação (teratogênese) e nas células (mutagênese). Mas produtos como o Amitraz, e outros que já haviam sido proibidos, continuam sendo comercializados ilegalmente. Já os perigosos fungicidas - Maneb, Zineb e Dithane -, embora proibidos em vários países, são muito usados, no Brasil, em culturas de tomate e pimentão. Os dois primeiros podem provocar doença de Parkinson. O Dithane pode causar câncer, mutação e malformações no feto. O Gramoxone (mata-mato), cujo princípio ativo é o Paraquat, é proibido em diversos países. No Brasil, é largamente usado no combate a ervas daninhas. A contaminação pode provocar fibrose pulmonar, lesões no fígado e intoxicação em crianças. Quanto a sua ação pode ser: inseticidas, herbicidas, fungicidas, etc. Por lei, todos os agrotóxicos devem ser indicados rótulos com faixas colorida, indicando o grau de toxicidade. 

Os agrotóxicos são classificados quanto à sua ação, ao grupo químico ou à sua toxicidade.

                                
Os cuidados que o trabalhador que manuseia estes “venenos” devem tomar: 
 • passar por treinamento dos equipamentos; 
• utilizar os equipamentos e vestuários de forma adequada (máscaras, luvas, botas, óculos de proteção, etc.); 
• fazer aplicação na dosagem correta; 
• cuidar do armazenamento e descarte das embalagens. 

A contaminação pode ocorrer por: inalação, ingestão ou contato com a pele desses produtos encontrados na natureza na água, no solo, no ar, nas frutas, nas verduras e nos animais. Veja a porcentagem de contaminação com agrotóxicos de alguns alimentos segundo a Folha Universal de 26/04/2009.

                                  
Frutas e legumes precisam receber muitas aplicações, acabamos consumindo um produto sem qualidade e com doses altíssimas de pesticidas, sem falar no aumento dos custos no preço final dos produtos. Apesar do uso constante de produtos químicos as pragas e pestes continuam a provocar perdas nas safras, uma vez que se tornam resistentes a esses produtos. 

Apesar de todos os cuidados, alguns cientistas afirmam que os agrotóxicos podem causar alterações no sistema nervoso, causar câncer, reações alérgicas, queda de resistência imunológica, lesões no fígado e nos rins, atrofia nos testículos, esterilidade masculina, desenvolvimento de tumores, etc. 

Uma alternativa a agricultura convencional é a agricultura orgânica, que não agride o meio ambiente, que pode fornecer o sustento sadio para as pessoas e regeneração para os solos castigados pelo uso de produtos químicos. 

Fontes:
http://www.marquecomx.com.br/2010/12/agrotoxicos.html#ixzz2LrKCKDFD 
http://www.terrazul.m2014.net/spip.php?article392 
http://mundoorgnico.blogspot.com.br/2009/03/agricultura-e-o-uso-de-agrotoxicos.html

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